O delivery no Brasil segue em expansão, impulsionado por inovações tecnológicas e mudanças no comportamento do consumidor. Com o crescimento das plataformas de delivery, novas tendências, como dark kitchens e personalização do atendimento, prometem transformar ainda mais o setor. Saiba mais!
Nos últimos anos, o mercado de delivery no Brasil cresceu de forma acelerada, tornando-se um dos setores mais promissores da economia. A conveniência de receber refeições prontas em casa e a digitalização dos restaurantes impulsionaram essa mudança, consolidando os apps de delivery como uma parte essencial da rotina dos consumidores.
Mas quais são as tendências para o futuro? Como as plataformas de delivery estão se reinventando para atender a um público cada vez mais exigente?
Neste artigo, exploramos o panorama do setor, as inovações tecnológicas e as mudanças no comportamento do consumidor no delivery, além de apontar oportunidades para quem deseja empreender nesse mercado em constante evolução.
Panorama do mercado
O mercado de delivery no Brasil acompanha o forte crescimento global das plataformas de delivery. De acordo com um estudo da Statista, a receita mundial do setor de delivery de comida online deve alcançar US$ 1,40 trilhão em 2025, com uma taxa de crescimento anual de 7,83% entre 2025 e 2029, atingindo US$ 1,89 trilhão até o final do período.
Esse avanço reflete a alta demanda por conveniência e a digitalização acelerada do setor de alimentação.
No Brasil, as empresas investem cada vez mais na otimização de processos logísticos, na ampliação da oferta de dark kitchens e na adoção de novas tecnologias para atender melhor os consumidores.
A penetração de usuários no delivery de refeições deve continuar crescendo, acompanhando a tendência observada em mercados líderes, como Estados Unidos e China, onde a estrutura de entrega é altamente desenvolvida.
Delivery no Brasil: expectativas para os próximos anos
Segundo um estudo da Statista, a receita do mercado de entrega de comida online no Brasil deve alcançar US$ 21,18 bilhões em 2025, com uma taxa de crescimento anual de 7,04% entre 2025 e 2029, chegando a US$ 27,81 bilhões até o final desse período.
A taxa de penetração de usuários nos serviços de apps de delivery no Brasil deve alcançar 38,8% em 2025, consolidando a mudança de hábitos de consumo e reforçando a importância das plataformas de delivery para restaurantes e mercados.
Com a expectativa de que 90,4 milhões de brasileiros utilizem o delivery de comida até 2029, o setor se apresenta como uma das maiores oportunidades para empreendedores da gastronomia.
Perfil dos consumidores e preferências
O mercado de delivery no Brasil tem se consolidado como um dos mais dinâmicos do setor de alimentação. Um levantamento da Ticket, marca de benefícios da Edenred Brasil, aponta que 40% dos brasileiros utilizam serviços de delivery de comida, com 11% realizando pedidos de uma a duas vezes por semana.
Esse número cresce entre os consumidores da Geração Z (15 a 28 anos), atingindo 51% de adesão a apps de delivery.
Quando se trata de preferências culinárias, a pesquisa revelou que os pedidos mais frequentes são fast food, comida brasileira, lanches, pizzas e carnes. Esses dados refletem o comportamento do consumidor, que busca praticidade e diversidade ao utilizar plataformas de delivery.
O iFood e o Aiqfome, dois dos principais apps de delivery no país, divulgaram rankings dos pratos mais pedidos em diferentes regiões, destacando o hambúrguer, marmitex, pizza, açaí e porções como os campeões de venda.
Esses números demonstram que o futuro do delivery no Brasil está diretamente ligado às mudanças nos hábitos de consumo e à capacidade de adaptação das empresas.
Restaurantes que desejam crescer nesse segmento devem entender o comportamento dos clientes, investir em cardápios estratégicos e adotar soluções inovadoras para otimizar suas operações.
Leia também: O que não pode faltar em um delivery: 07 dicas para o sucesso do seu negócio
Desafios do delivery no Brasil
O setor de delivery no Brasil cresce rapidamente, mas enfrenta desafios que impactam a operação e a lucratividade dos restaurantes. Desde questões regulatórias até a alta concorrência, empreendedores precisam de estratégias sólidas para se destacar no mercado.
O crescimento da concorrência é um dos desafios mais complexos no país.
O aumento da popularidade dos apps de delivery trouxe uma disputa acirrada entre restaurantes e operadores logísticos. No Brasil, o mercado ainda é dominado por poucas plataformas, limitando a liberdade dos lojistas na escolha das taxas e das condições de operação.
Para equilibrar a competição, algumas medidas foram tomadas, como a proibição de contratos de exclusividade entre grandes redes e aplicativos, permitindo uma maior diversificação de opções.
Em comparação com mercados como os Estados Unidos e a Europa, onde múltiplos apps de delivery coexistem de forma mais equilibrada, o Brasil ainda enfrenta desafios para garantir uma concorrência saudável.
O monopólio de algumas plataformas pode limitar as opções dos consumidores, restringindo a variedade de restaurantes e dificultando a negociação de taxas para os estabelecimentos.
Oportunidades
Mas, além dos desafios: quais são as oportunidades emergentes no mercado de delivery de comida?
1. Opções saudáveis
Já faz alguns anos que os brasileiros aumentaram a consciência sobre alimentação saudável. Dados da Kantar indicam que, no início do isolamento social, 33% dos consumidores aumentaram o consumo de legumes, verduras e hortaliças, com 67% planejando manter esses hábitos no futuro.
Além disso, uma pesquisa da Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis) apontou um aumento de 44,5% no consumo de alimentos orgânicos nos primeiros sete meses da pandemia.
Restaurantes que oferecem pratos nutritivos e equilibrados podem atender a essa tendência, atraindo consumidores preocupados com a saúde e o bem-estar.
Investir em cardápios que priorizem ingredientes frescos e naturais não só amplia o público-alvo, mas também fortalece a reputação do estabelecimento no competitivo mercado de delivery no Brasil.
2. Embalagens sustentáveis
A escolha da embalagem no delivery no Brasil impacta diretamente na experiência do consumidor e na preservação dos alimentos. Além da funcionalidade, cresce a demanda por embalagens sustentáveis, impulsionada pela preocupação ambiental e pela regulamentação de materiais plásticos descartáveis.
De acordo com um estudo da Precedence Research, o mercado global de embalagens sustentáveis deve crescer de US$ 126,50 bilhões em 2025 para US$ 240,52 bilhões até 2034, com um CAGR de 7,42%.
Para os restaurantes que atuam via plataformas de delivery, investir em embalagens ecológicas não só reduz o impacto ambiental, mas também melhora a percepção da marca.
A escolha correta das embalagens preserva a temperatura, textura e frescor dos pratos, garantindo uma melhor experiência ao cliente e fortalecendo a fidelização.
3. Cozinha regional
A valorização da cozinha regional no delivery no Brasil tem crescido significativamente, impulsionada pelo interesse dos consumidores em sabores autênticos e tradicionais. De acordo com uma pesquisa do Instituto Ipsos e DataFolha, 83% dos brasileiros afirmam consumir pratos típicos de seus estados, o que reflete uma forte demanda por gastronomia local.
Cidades como Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC) e Paraty (RJ) foram reconhecidas pela UNESCO como Cidades Criativas da Gastronomia, tornando-se referências para quem busca experiências gastronômicas autênticas.
Esse reconhecimento fortalece o potencial do setor, pois evidencia a importância da culinária regional tanto no consumo local quanto no turismo gastronômico.
Com a expansão do delivery de comida, restaurantes que apostam em pratos típicos têm uma grande oportunidade de atrair consumidores que desejam explorar novos sabores sem sair de casa.
Esse cenário evidencia que incluir pratos regionais no cardápio pode ser uma estratégia valiosa para ampliar a base de clientes e aumentar a competitividade no setor.
Confira: Negócios lucrativos no ramo alimentício: veja no que vale a pena investir
4. Pagamento com Pix
O Pix tem se consolidado como um dos principais métodos de pagamento no delivery no Brasil, devido à sua praticidade e rapidez. Segundo um levantamento do Banco Central, 76,4% da população utiliza o Pix para realizar pagamentos, sendo a opção mais frequente para 46% dos brasileiros.
Embora o dinheiro em espécie ainda seja utilizado por 68,9% da população e preferido por 22% dos entrevistados, o crescimento do Pix indica uma mudança no comportamento do consumidor, favorecendo transações instantâneas e seguras.
Paralelamente, o cartão de débito segue relevante, sendo adotado por 69,1% da população e mais frequente para 17,4% dos usuários.
No setor de delivery de comida, aceitar diversos métodos de pagamento, incluindo Pix, cartões e carteiras digitais, pode ser um diferencial competitivo. O uso do Pix reduz custos com taxas de transação e facilita pagamentos rápidos, beneficiando tanto consumidores quanto restaurantes.
5. Marmitas
As marmitas se tornaram um dos segmentos mais populares e rentáveis do delivery no Brasil, impulsionadas pela busca por refeições acessíveis, equilibradas e prontas para consumo.
Segundo um levantamento do iFood (2024), a culinária brasileira, representada principalmente pelas marmitas, domina os pedidos no horário do almoço, correspondendo a 38% do total. Esse dado reforça o papel desse formato no dia a dia dos consumidores.
A demanda crescente por marmitas no delivery de comida se deve à praticidade e ao custo-benefício, atraindo tanto trabalhadores que buscam refeições rápidas e completas quanto aqueles que preferem opções caseiras sem precisar cozinhar.
Há uma diversificação no segmento, com marmitas fitness, veganas e low-carb, atendendo diferentes perfis de clientes. Para empreendedores do setor, investir em embalagens térmicas e sustentáveis, além de um cardápio variado, pode ser um grande diferencial competitivo no mercado.
6. Dark kitchens
Optar por estabelecimentos que operam exclusivamente para atender pedidos de delivery de comida, sem espaço para atendimento presencial, ajuda a reduzir significativamente os custos operacionais.
As dark kitchens vêm ganhando cada vez mais espaço no delivery, acompanhando a transformação do mercado. Atualmente, elas já representam um terço dos restaurantes listados no iFood, segundo a Statista, que também projeta que o mercado de cozinhas fantasma alcance US$ 71 bilhões até 2027.
O modelo tem sido amplamente adotado por franquias, com 57,4% delas explorando esse formato, sendo que 21,3% já operam e 11,5% estão em fase de implementação.
Vale a pena investir em dark kitchens?
O crescimento do delivery no Brasil tem impulsionado modelos de negócios inovadores, como as dark kitchens, também conhecidas como cozinhas fantasmas ou cloud kitchens.
Um estudo da Coherent Market Insights projeta que o mercado global de dark kitchens atingirá US$ 157,26 bilhões até 2030.
Investir em dark kitchens oferece vantagens como flexibilidade operacional, permitindo que um único espaço produza para múltiplas marcas ou cardápios, e agilidade na resposta às tendências de mercado, facilitando ajustes rápidos conforme as preferências dos consumidores.
Se você deseja expandir seu delivery no Brasil com eficiência e baixo custo, a Kitchen Central é a solução ideal. Com cozinhas prontas para operar em até um mês, você reduz seus custos iniciais e mensais em até 80%, alcança mais clientes com localizações estratégicas e otimiza seu cardápio com base no comportamento de consumo da região.
Conheça a Kitchen Central e transforme seu negócio!
