Dark kitchens no Brasil alcançam margens de lucro entre 20% e 30%, enquanto restaurantes tradicionais ficam entre 10% e 15%.
Também conhecidas como cloud kitchen, ou cozinhas fantasma, as dark kitchens se tornaram protagonistas do mundo do delivery durante a pandemia de covid-19. Por isso, entender qual margem de lucro de uma dark kitchen no Brasil pode ser o passo inicial para ter seu próprio negócio.
Se você pensa em começar um negócio de entrega de comidas ou simplesmente operacionalizar sua produção de outra forma, continue lendo. Vamos conhecer mais sobre esse universo e entender quais os benefícios financeiros das cozinhas fantasma.
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Qual o custo de uma dark kitchen?
O conceito de dark kitchen é frequentemente comparado ao coworking, espaços compartilhados que ganharam impulso com a evolução do trabalho híbrido em diversas empresas.
Esse novo modelo de negócio de alimentação apresenta vantagens como infraestrutura pronta e contratos de aluguel mais flexíveis do que os tradicionais pontos comerciais.
Porém, abrir um estabelecimento de serviço de alimentação que oferece apenas comida para viagem vai muito além de montar uma cozinha em um espaço disponível.
Para se ter uma ideia, o investimento inicial de uma cozinha fantasma geralmente fica em torno de R$ 30 mil. Esse montante é destinado, em grande parte, à aquisição de equipamentos e utensílios de qualidade para a cozinha.
Quanto à equipe, cinco funcionários são suficientes para um ambiente em fase inicial. Estes incluem cozinheiros, ajudantes de cozinha, responsáveis pela limpeza e manutenção do local. Também é necessário um gerente ou supervisor de operações e, dependendo do volume, atendentes para gerenciar pedidos e interface com plataformas de delivery.
Porém, se você optar pela Kitchen Central, você não precisa se preocupar com esses detalhes, pois nós oferecemos esses profissionais para você. Temos uma equipe qualificada e experiente que cuida da higienização e da manutenção dos equipamentos, além de supervisores de operação e atendentes que gerenciam os pedidos, garantindo a agilidade e a qualidade do seu serviço. Assim, você pode focar no que mais importa: a sua comida
Empresas como a Kitchen Central já entregam ao restaurante uma unidade que segue as especificações técnicas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de estar em conformidade com as regulamentações locais.
Vale destacar que a Kitchen Central já marca presença em cidades-chave como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, onde as cozinhas seguem as regulamentações locais de cada estado.
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E qual a margem de lucro de uma dark kitchen no Brasil?
Uma cozinha fantasma tem um faturamento médio mensal estimado em R$ 20 mil. Contudo, esse montante pode oscilar baseado em aspectos como o modelo de negócio escolhido, a qualidade da comida, a demanda regional, a localização estratégica e o total de vendas realizadas.
Dark kitchens possuem margens de lucro mais generosas que os restaurantes tradicionais, graças aos seus custos operacionais reduzidos. Contudo, ao pensar em entrar nesse mercado, é crucial avaliar o investimento inicial e os desafios de se destacar em um setor com intensa concorrência.
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O que afeta a margem de lucro de uma dark kitchen
A margem de lucro de uma dark kitchen é resultado do equilíbrio entre custos fixos, despesas variáveis e o investimento inicial necessário para começar a operação. Esses fatores determinam quanto sobra no caixa ao final do mês e o tempo que o negócio leva para se pagar.
Custos fixos
Custos fixos são aqueles que permanecem os mesmos independentemente do número de pedidos realizados. Entram nessa categoria despesas como aluguel do espaço, compra e manutenção de equipamentos de cozinha e a equipe mínima necessária para manter a operação funcionando.
Segundo o iFood, para abrir um delivery é preciso investir entre R$ 7 mil e R$ 50 mil, faixa que varia de acordo com o porte e a localização da cozinha.
Custos variáveis
Já os custos variáveis oscilam conforme o volume de produção. Aqui entram os insumos e ingredientes, embalagens utilizadas, taxas cobradas pelos aplicativos de delivery e os gastos com logística de entrega.
Esses valores podem sofrer alterações em períodos de maior demanda, como datas comemorativas, ou por flutuações no preço dos insumos, exigindo atenção no controle de custos em delivery.
Investimento inicial e tempo de retorno
O investimento inicial de uma dark kitchen costuma girar em torno de R$ 30 mil, destinado principalmente à compra de equipamentos, reformas e capital de giro. O tempo de retorno não é fixo e depende de fatores como volume de pedidos, ticket médio, controle de custos e capacidade de fidelizar clientes.
Uma cozinha fantasma pode alcançar faturamento médio mensal de R$ 20 mil. Quando a operação é bem estruturada e administrada com eficiência, a recuperação do valor investido tende a acontecer mais rápido. Já negócios com custos descontrolados ou baixa demanda podem levar mais tempo para atingir o ponto de equilíbrio.
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Como calcular o lucro real de uma operação de delivery sem loja física
O cálculo do lucro de uma dark kitchen pode ser feito por uma fórmula simples:
Receita – Custos Fixos – Custos Variáveis = Lucro.
Esse modelo permite visualizar de forma clara quanto sobra no caixa ao final do mês depois de quitar todas as despesas da operação. Veja alguns exemplos a seguir:
Margem dentro da média: Uma dark kitchen que fatura R$ 50 mil no mês, com R$ 12 mil de custos fixos e R$ 28 mil de custos variáveis, terá um lucro líquido de R$ 10 mil. A margem de lucro de 20% está dentro do intervalo esperado para o modelo.
Margem acima da média: Agora imagine uma cozinha comercial focada em refeições rápidas para a hora do almoço, localizada em uma região corporativa. Graças ao volume alto de pedidos e a negociações com fornecedores, ela consegue reduzir custos variáveis.
Se o faturamento chega a R$ 80 mil, com R$ 15 mil de custos fixos e R$ 45 mil de custos variáveis, o lucro líquido será de R$ 20 mil. Nesse caso, a margem sobe para 25%.
Margem apertada: Também existem cenários menos favoráveis. Uma dark kitchen que fatura R$ 40 mil, mas gasta R$ 15 mil com custos fixos e R$ 21 mil em variáveis, fecha o mês com apenas R$ 4 mil de lucro. A margem cai para 10%, nível semelhante ao de restaurantes tradicionais.
Em média, dark kitchens podem alcançar margens de 20% a 30% de lucro líquido, enquanto restaurantes tradicionais giram em torno de 10% a 15%. A diferença acontece porque o modelo de cozinha fantasma reduz custos estruturais e permite maior eficiência operacional no delivery.
Quantas dark kitchens existem no Brasil?
As dark kitchens seguem em expansão acelerada no Brasil, acompanhando o crescimento do delivery. De acordo com pesquisa da Unicamp (2023), quase um terço dos restaurantes cadastrados no iFood já funcionava exclusivamente para entregas, e em São Paulo esse índice ultrapassava 35%. Em cidades como Campinas e Limeira, os números eram de 24,4% e 22,5%, respectivamente.
Nos últimos dois anos, esse movimento se intensificou. Em São Paulo capital, já existem unidades de dark kitchens espalhadas por 10 bairros estratégicos, o que mostra a consolidação do modelo como parte essencial da cadeia de alimentação.
O avanço do setor está diretamente ligado ao crescimento do delivery no país. Segundo dados do Statista, o mercado brasileiro de entrega de comida deve movimentar US$ 21,18 bilhões em 2025, com previsão de atingir US$ 27,81 bilhões até 2029, crescendo a uma taxa média de 7,05% ao ano. Hoje, somente no iFood, já são realizados mais de 100 milhões de pedidos mensais.
Embora não exista um número oficial consolidado de dark kitchens no Brasil, as pesquisas e projeções deixam claro: esse formato acompanha a transformação do consumo digital e tende a se consolidar ainda mais como motor do setor de alimentação nos próximos anos.
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Afinal, como funciona uma dark kitchen?
Uma dark kitchen é basicamente uma cozinha secreta que prepara comida apenas para entrega. Diferente dos restaurantes comuns, nas dark kitchens não há mesas, cadeiras ou qualquer espaço para os clientes, já que eles não vão pessoalmente para comer. Por não terem essa parte visível ao público, essas empresas economizam com decoração e não precisam de garçons. As pessoas fazem seus pedidos online, geralmente por meio de aplicativos e o pedido vai do fogão direto para a casa do cliente.
O espaço é totalmente otimizado para preparar os pratos de forma rápida e eficiente. E se um prato não está sendo bem aceito? Eles podem simplesmente ajustar o cardápio de forma ágil. A tecnologia é uma grande aliada, ajudando a organizar os pedidos e entender as preferências dos clientes.
E, mesmo operando nos bastidores, é essencial que essas cozinhas sigam todas as normas de higiene e segurança alimentar. Em resumo, esses espaços combinam a comodidade da tecnologia com a paixão pela culinária, entregando pratos saborosos diretamente na porta da sua casa.
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Quando o modelo compensa mais do que um restaurante tradicional
Para quem pensa em investir no setor de alimentação, comparar um restaurante físico com uma dark kitchen mostra como o formato de operação impacta nos custos e no retorno.
O restaurante tradicional exige gastos elevados com salão, equipe de atendimento e toda a estrutura voltada à experiência presencial do cliente.
Já no modelo de dark kitchen, o investimento fica concentrado nas refeições e na entrega, reduzindo despesas e permitindo maior previsibilidade da margem de lucro.
Comparação | Restaurante tradicional | Dark kitchen |
Aluguel e espaço | Precisa de um imóvel amplo, com salão e cozinha. O aluguel é mais caro e a localização precisa atrair clientes. | Um espaço compacto já resolve, sem salão. O custo do aluguel cai e a localização pode ser escolhida apenas pensando nas entregas. |
Equipe | Exige mais funcionários: cozinheiros, garçons, atendentes e equipe de limpeza. | Equipe reduzida: cozinheiros, auxiliares, embaladores e um gerente de operações. |
Mobiliário e decoração | Necessário investir em mesas, cadeiras, louças e decoração para criar experiência no local. | Não há gastos com salão ou ambientação. O foco é em equipamentos de cozinha e embalagens de qualidade. |
Custos operacionais | Contas de energia, água e manutenção são mais altas por causa do salão e do fluxo de clientes. | Custos concentrados no preparo e na entrega dos pedidos. |
Marketing e divulgação | Investimento maior em ambientação, eventos e experiência presencial. | Estratégia voltada ao digital: redes sociais, promoções em delivery e programas de fidelidade. |
Escalabilidade / expansão | Abrir uma nova unidade demanda alto capital e contratação de mais equipe. | Fácil replicação em cozinhas menores e em pontos estratégicos, com menor custo. |
Dependência de apps de delivery | Parte das vendas vem de apps, mas o salão garante receita direta. | Forte presença nos aplicativos, mas é possível reduzir a dependência com marketing próprio. |
Como a Kitchen Central pode te ajudar?
Em um mundo cada vez mais conectado e dinâmico, a forma como consumimos alimentos também está evoluindo. As dark kitchens surgem como uma resposta inovadora às necessidades modernas, combinando tecnologia, eficiência e sabor.
Elas não só revolucionaram o setor de food service, mas também proporcionam oportunidades para empreendedores e chefs que desejam entrar no mercado sem os enormes custos iniciais de abrir um restaurante tradicional.
E falando em inovação, a Kitchen Central está na vanguarda deste movimento. Oferecemos cozinhas e soluções projetadas para dark kitchens, permitindo que os profissionais de culinária se concentrem no que fazem de melhor: cozinhar!
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