O Brasil é um dos maiores consumidores de fast food do mundo, vindo atrás apenas dos EUA, Japão e China, e aqui na América do Sul é o campeão. Porém, por outro lado, há uma forte tendência de crescimento de um movimento contrário, o movimento do slow food. Você sabe o que isso significa?
Longe de entrarmos em julgamentos sobre o que é melhor para o consumidor ou para o seu negócio, nesse post queremos falar um pouco sobre cada movimento para apresentar um breve panorama desses dois segmentos no mercado de delivery para que você fique por dentro e decida o que pode funcionar para você.
Puxe uma cadeira, reserve uns minutinhos e vambora aprender mais sobre food service!
O mercado de Fast Food atual
De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), o mercado de alimentação continua em franco crescimento. No primeiro trimestre de 2021, cresceu fabulosos 184,2%. Se comparado ao varejo, apresentou um crescimento de 134,4% no mesmo período. São números que impressionam e que com certeza também foram impulsionados pelo mercado de food service.
É neste contexto que se encontra o fast food. Sabemos que o serviço de delivery nasceu com os serviços rápidos e cresceu com grandes cadeias de empresas como McDonald’s, Subway, Domino’s, Burger King, Starbucks e Pizza Hut. E durante muito tempo o mercado de entregas ficou restrito a grandes marcas como essas.
Porém, com a chegada dos marketplaces esse cenário mudou completamente e hoje em dia é possível pedir tudo, ou quase tudo, usando um smartphone com um aplicativo como iFood instalado. Isso sem contar que durante a pandemia as vendas no delivery cresceram ainda mais por conta do isolamento dos consumidores.
Em um estudo feito pela EAE Business School, o Brasil tinha um mercado de fast food de R$53,7 bilhões em 2014, e um gasto médio anual por habitante de R$265 nesse tipo de alimentação. Naquela época, a pesquisa apontava para um crescimento de cerca de 31% no segmento em cinco anos.
Já a pesquisa de orçamentos familiares (POF) realizada pelo IBGE, a comparação entre os dados de 2008/2009 e 2017/2018, apontaram um crescimento da ingestão de fast food no Brasil. O consumo de sanduíches e pizzas aumentou de 10,5% para 17%. Foi um salto grande que aponta para um crescimento contínuo do setor.
O que é Slow Food?
Os dados acima indicam que a vida das pessoas, especialmente nas grandes cidades, ficou mais corrida e poucos dispõem de tempo para parar e se alimentar com calma. Daí surgiu o movimento de slow food, que entre outros aspectos, preza pelo hábito de comer devagar.
Basicamente esse movimento é uma oposição ao fast food, no entanto ele aborda outras questões ligadas aos ingredientes e às cadeias de produção, como a utilização de ingredientes sazonais, de acordo com a época e seu máximo aproveitamento, compra de pequenos produtores, que não utilizam agrotóxicos, a um preço justo e mais, como descrevemos abaixo, os alimentos devem ser:
- Bons no sentido da aparência, sabor, qualidades nutricionais e diversidade
- Limpos, sem agrotóxicos, orgânicos e que promovam a produção local
- Justos, de forma a remunerar os produtores de forma digna para que a produção seja sustentável e colaborativa
Ou seja, além do consumo de comida saudável, o movimento, que foi criado em 1986 por Carlo Petrini, engloba a relação com a comida, o meio ambiente e o ato de comer, em um manifesto que pretende promover o bem-estar social em torno do hábito da alimentação. Ele o transforma em uma filosofia de vida, na forma como as pessoas podem lidar com o futuro através do consumo saudável.
Em pesquisa recente da Associação Brasileira de Franchising (ABF) com a consultoria especializada em alimentação Galunion sobre o Food Service 2021, foi revelado que, entre as 76 marcas que participaram, que representam 49% do faturamento e 55% das unidades do segmento de franquias, que entre as principais tendências dos menus e ingredientes, em segundo lugar vem as opções que oferecem saúde e bem-estar, como alimentos funcionais.
Isso indica um panorama de crescimento futuro para esse segmento. Afinal, as pessoas estão cada vez mais preocupadas com a saúde, buscando novas formas de se alimentar, se exercitar e assim, aumentando a longevidade das populações em diversos países mundo afora.
Delivery para fast e slow food
Na mesma pesquisa citada acima, foi apontado um crescimento de 140% no faturamento de vendas via delivery de 2019 para 2020. Certamente esse crescimento foi impulsionado pela pandemia, mas também reforça uma tendência anterior, que mostra que as pessoas atualmente optam por mais comodidade e flexibilidade, podendo receber o alimento de sua preferência em casa, no escritório, hotel ou ir diretamente ao restaurante.
Outro fato importante é que agora, pedir comida não significa mais somente pedir fast food. Esses novos canais de delivery conectam a demanda às ofertas, então, além das grandes cadeias multinacionais de fast food, hoje é possível pedir diretamente de pequenos comércios, produtores locais, negócios da sua região, de forma a fomentar o crescimento de empresas que de alguma forma tenham alguma conexão de visão de mundo, para além da ligação gastronômica.
O crescimento do delivery nos últimos anos nos mostra que mais e mais consumidores estão aderindo às facilidade de pedir comida online, mas também mostra que mais nichos podem ser explorados, com mais opções de consumo que agradem e satisfaçam não só as maiores demandas, mas também a cauda longa.
Sobre a Kitchen Central
A Kitchen Central é uma empresa de cozinhas industriais e pontos de vendas inteligentes, em locais estratégicos de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, que utiliza inteligência de vendas especializada para expandir o seu delivery.
Nossas cozinhas e pontos de vendas inteligentes são projetados para atender a todas as necessidades do mercado delivery, diminuindo os altos custos dos espaços tradicionais e as burocracias. Como cada negócio tem suas particularidades, os layouts podem ser personalizados e adaptados de acordo com as suas necessidades.
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